Já pensou em quantas fotos tu vê por dia? Com as redes sociais, fica mais difícil contar, né? A gente acaba não percebendo, mas toda nossa vida é registrada em fotografias!
Seja para marcar um momento, para fazer arte, compartilhar algo com os amigos, fazer um trabalho… elas estão por toda parte!
Hoje, nosso convidado da vez é o Matheus Gomes (@mefiuz), que teve um papel mais do que especial na Fluir este ano: fazer nossas fotos de equipe! E, sério, a gente amou muito!
O Matheus é formado em jornalismo e trabalha como fotógrafo. O gosto pela fotografia começou na época da faculdade, já que, até então, não tinha contato direto com a profissão, como ele mesmo conta.
“Com as cadeiras de fotografia, eu comecei a explorar mais esse lado”, lembra. “Na universidade era possível alugar câmeras e levar para casa. Com isso, fui praticando por conta, levando a câmera pra rua, fotografando tudo que via pela frente, algo mais voltado para a fotografia documental. Peguei bastante gosto e fui buscando diversos cursos em outras escolas. Nisso, tive bons professores que também me animaram”, comenta.
A partir daí, ele começou a praticar mais e mais, até se aperfeiçoar. Foi assim que ele conseguiu os primeiros trabalhos!
Como acontece com muitos empreendedores, o Instagram também abriu várias portas para ele! E isso tanto para trabalhos quanto para inspirações.
“Minha relação com o Instagram é bem saudável. Primeiramente, é ali que me inspiro 98%. Consigo acompanhar o trabalho de fotógrafos do mundo todo, além de acompanhar o estilo de vida de diversas modelos e pessoas que trabalham com moda, música e cinema”, conta.
“Eu sou uma pessoa muito criativa, então todo estímulo na minha rotina me gera gatilho para querer criar algo, me inspirar naquilo que vi e vivi. E por aí vai!”.
“Sobre a divulgação do meu trabalho, o Instagram é perfeito. Com ele, eu consigo tanto clientes quanto pessoas que acompanham, curtem e divulgam meu trabalho, além de poder estabelecer uma rede com outros fotógrafos e amigos. O poder para divulgação se exemplifica com minhas conquistas mais recentes. Pude estabelecer clientes e parcerias em outros estados, como Rio de Janeiro e Santa Catarina, mesmo antes de ter ido viajar para lá, assim como ter criado uma relação de produção com a Agência de São Paulo, Joy Model Management”, reforça.
Mas, como nem tudo são flores, existe uma coisa que tira muitos fotógrafos do sério na plataforma: os filtros!
A gente perguntou para o Matheus o que ele acha dos filtros e… provavelmente, tu também vai repensar o uso deles a partir de agora.
“Sinceramente, me incomoda muito! Não tenho nada contra “blogueiras” e personalidades famosas, inclusive acompanho várias, mas me incomoda bastante algumas. Oferecerem “dicas de edição de fotos” sem formação ou estudo na área. Constantemente, tenho que reforçar [para o cliente] que não pode editar e nem colocar filtros nas fotos que eu entreguei, porque eu passei horas, tempo e investi em cursos para editar todas as fotos do ensaio”, desabafa. “Mesmo assim, editam e colocam filtro.“
“As minhas edições são mais naturalistas. Eu gosto das imperfeições do corpo e da estética espontânea, mas tem pessoas que gostam de tudo editado, modificado, amplificado, reduzido. Então, é de cada um. Eu já recusei clientes que queriam que eu diminuísse nariz e outras partes nas fotos (e tudo bem!)”, explica.
E se não tivesse o Instagram, como seria a rotina do Matheus?
“Não consigo nem imaginar o meu fluxo de trabalho sem o Instagram. Acredito que exploraria mais livros e revistas especializados em fotografia. As revistas National Geographic, Zum, Vogue e outras já me inspiraram muito. Acho que assinaria e teria uma relação mais próxima com elas”, imagina.
“O boca a boca sempre foi a melhor divulgação nesse ramo. Eu iria estabelecer parceria conversando mais pessoalmente, marcando cafezinhos o tempo todo para conversar e “vender” minhas ideias. Mas, nessa vida sem Instagram, eu teria acelerado minha ida para Rio de Janeiro/São Paulo ou para outro país, já que a procura por fotógrafos é mil vezes maior nessas cidades que são centro de moda e arte”, comenta.
Legal ver esses temas pela lente do fotógrafo, né? A gente amou a conversa, Matheus!